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Por Instituto Escolhas

08 janeiro 2019

3 min de leitura

Qual o impacto do programa Minha Casa Minha Vida na expansão das metrópoles?

Seminário do Instituto Escolhas lança plataforma e estudo que debatem o tema

Com mais de 4,4 milhões de unidades habitacionais construídas desde 2009, o Programa Minha Casa Minha Vida é conhecido por realizar as construções populares em áreas distantes dos centros urbanos. Será que o Programa contribuiu para a expansão das metrópoles brasileiras? O novo estudo a ser lançado pelo Instituto Escolhas no dia 22 de janeiro pretende fazer essa reflexão. “Morar Longe: o Programa Minha Casa Minha Vida e a expansão das Regiões Metropolitanas” será apresentado no Seminário Moradia e Expansão das Metrópoles Brasileiras juntamente com a plataforma #Quantoé? Morar Longe, com dados da Região Metropolitana de São Paulo.

Os lançamentos são fruto de uma parceria entre o Centro de Política e Economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas (CEPESP/EAESP/EESP), o Instituto Escolhas e a Folha de S. Paulo, com o apoio da Fundação Tide Setúbal.

Minha Casa Minha Vida

Desde seu lançamento, o Minha Casa Minha Vida construiu, em sete anos, 4,4 milhões de unidades habitacionais, com investimentos de cerca de US$ 100 bilhões (quase R$ 400 bi). Foram beneficiadas aproximadamente 20 milhões de pessoas.

Em 2017, o déficit habitacional no país atingiu o maior nível dos últimos dez anos. O número de unidades necessárias para suprir a demanda habitacional no país chegou a 7,77 milhões. Em 2007, era de 7,26 milhões.
O componente que mais pesou no aumento do déficit foi o ônus excessivo do aluguel, que mesmo com o MCMV, aumentou 70% no período (2009-2017). A nova gestão presidencial afirma estar comprometida com a permanência do programa, reduzindo suas taxas.

O objetivo do estudo é avaliar como o maior programa habitacional já implementado no país afetou a mancha urbana em 18 regiões metropolitanas: Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.

Apesar da sua dimensão, a implementação do MCMV sofreu várias críticas. Uma delas é a de estabelecer as unidades de baixa renda em locais pouco atrativos para a população. Especialmente nas grandes cidades e nas áreas metropolitanas, o alto custo da terra urbanizada é considerado o principal fator para a decisão de localização dos projetos.

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#Quantoé? Morar Longe

A plataforma #Quantoé? Morar Longe possibilita que qualquer cidadão conheça os custos monetários e não monetários associados a cada área da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), incluindo o preço da terra (R$/m2), qualidade da educação (IDEB), probabilidade de ocorrência de homicídios (SSP-SP) e tempo médio de deslocamento por motivo de trabalho para a área da RMSP escolhida pelo usuário, além de calcular a taxa de emissão de poluentes no deslocamento. Para a construção dos dados contribuiu também a pesquisa de mestrado defendida ano passado de Ricardo Campante, bolsista da Cátedra Escolhas de Economia e Meio Ambiente, que analisou o custo do congestionamento na RMSP.

Para debater moradia nas metrópoles brasileiras

O Seminário terá presença de economistas, urbanistas e pesquisadores especialistas do tema que irão debater o impacto do MCMV nas regiões metropolitanas, a contribuição das políticas públicas para o adensamento das cidades e a melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.

O evento acontecerá a partir das 8h30 no salão nobre da Fundação Getúlio Vargas (rua Itapeva, 432), em São Paulo.

É possível se inscrever gratuitamente no link: http://bit.ly/Inscricao_SeminarioMoradia

Confira abaixo a programação!

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Fonte: com informações da Folha de S.Paulo

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