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Por Instituto Escolhas

08 julho 2021

3 min de leitura

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Além de benefícios econômicos e ambientais, planos estaduais de transição energética podem gerar emprego e renda para a população

Larissa Rodrigues, do Escolhas, participou do Encontro Estratégico dos Governadores pelo Clima

 

Nesta quarta-feira, 7 de julho, o Escolhas participou do Encontro Estratégico dos Governadores pelo Clima, com governadores ou representantes dos estados das regiões Sudeste e Sul, além do Embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, e do Ministro da Embaixada Alemã no Brasil, Marc Bogdahn.

Organizado pelo Centro Brasil no Clima, o encontro buscou unir os governadores em torno de como superar a crise hidroenergética e avançar na transição para uma economia inclusiva e de baixo carbono no Brasil. Para isso, trouxe um pequeno número de especialistas, que abordaram diferentes aspectos da transição energética, em um painel chamado “Energia renovável e gestão hídrica para retomada econômica sustentável”.

Representante do Escolhas no evento, a gerente de Projetos e Produtos Larissa Rodrigues fez um panorama sobre a inviabilidade financeira, econômica e ambiental das usinas térmicas fósseis, como as que utilizam gás natural, demonstrando que é necessário, de uma vez por todas, encontrar uma solução que impeça a repetição da crise que estamos vivendo. De acordo com ela, as usinas térmicas têm sido usada de forma emergencial, como um remédio para a crise de abastecimento, “mas um remédio que não funciona, caso contrário não estaríamos, de novo, nesta situação”.

Para exemplificar a inviabilidade das usinas, a gerente do Escolhas citou uma série de dados, como o valor da energia a gás natural (26% mais caro do que todas as fontes renováveis), o alto consumo de água para manter as térmicas em funcionamento, as grandes emissões de gases de efeito estufa, que nos fazem andar na contramão das políticas climáticas, e a inviabilidade financeira do negócio.

“Para se ter uma ideia, só as usinas de Pecem (no Ceará) consomem água equivalente para atender um município de 600 mil habitantes. Esta energia mais cara impacta na inflação, que já está mais alta. Ou seja, estamos pagando uma conta de eletricidade maior ao mesmo tempo em que o nosso dinheiro está valendo menos. Isso tem um efeito muito grave para a economia e para a vida das pessoas”, comentou.

O ponto mais ressaltado por Larissa foi a inviabilidade financeira das térmicas a gás natural. “Apesar da energia gerada pelas térmicas já ser bastante cara, um estudo do Escolhas mostrou que os custos ambientais não estão incluídos na conta. Ao incluirmos nos modelos econômico-financeiros desses empreendimentos os custos de emissões de carbono e uso da água, não há qualquer retorno para o investidor”, disse a gerente, acrescentando que a incorporação dos impactos ambientais na análise de viabilidade financeira é uma tendência mundial e deve influenciar negativamente os contratos, atuais e futuros.

Como mensagem final, Larissa trouxe a importância de haver um alinhamento entre os investimentos em energia e o comprometimento com as metas climáticas, com contratação urgente massiva das fontes renováveis, em prol de transição energética justa.

“É essencial que a gente tenha um plano com metas de investimentos definidas nos estados, possibilitando que a transição ocorra nos próximos anos, gerando emprego e renda para a população, no interior e na capital”.

 

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