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Por Instituto Escolhas

19 abril 2018

2 min de leitura

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Estudo analisa as mudanças climáticas e o sequestro de carbono na China

Publicação também apontou as florestas como aliadas no combate às emissões de CO2

O crescimento econômico explosivo vivenciado pela China nas últimas décadas concedeu ao país uma série de benefícios, no entanto, também causou problemas como a poluição do ar e um aumento substancial das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Pensando em soluções para esses problemas, o governo chinês buscou respostas no estudo Climate change, human impacts, and carbon sequestration in China (Mudanças climáticas, impactos humanos e sequestro de carbono na China, em tradução livre), que tem como objetivo de compreender melhor quanto do carbono emitido pelo país é absorvido pelos recursos ambientais do país.

Segundo matéria publicada pelo portal Exame, a empreitada exigiu que 350 pesquisadores coletassem amostras de solo e vegetação de diversos habitats do país, de pastagens e florestas a arbustos e terras agrícolas, entre 2011 e 2015.

Depois de combinar e analisar todos os dados, os pesquisadores descobriram que todos os recursos ambientais combinados da China sequestraram aproximadamente 201,1 milhões de toneladas de carbono por ano durante cinco anos, o período de tempo estudado. Isso equivale a 14,1% da quantidade total de carbono emitida pelo país durante o mesmo período.

Florestas

O estudo também revelou que as florestas são o principal sumidouro de carbono do país, representando aproximadamente 80% dos recursos ambientais que removem carbono da atmosfera, seguidas das plantações (12%) e arbustos (8%). Segundo os pesquisadores, programas implementados pelo governo chinês nas últimas décadas, como a restauração de florestas e realocação de plantações, têm ajudado a mitigar os problemas de emissão de carbono no país.

Em esforço mais recente de intervenção ambiental, a China anunciou no começo do ano planos para um projeto de reflorestamento de 6,6 milhões de hectares no país, área equivalente ao território da Irlanda.

No caso do Brasil, o investimento necessário para recuperar 12 milhões de hectares de florestas – meta assumida pelo país no Acordo de Paris –, seria de R$ 52 bilhões, segundo dados do estudo Quanto o Brasil precisa investir para recuperar 12 milhões de hectares de florestas?, desenvolvido pelo Instituto Escolhas. O estudo mostra, ainda, que cumprir a meta brasileira produziria, inicialmente, um resultado com R$ 23 bilhões de retorno econômico, R$ 6,5 bilhões em arrecadação de impostos, além de gerar 215 mil empregos.

Veja também: Reflorestamento de larga escala tem efeito sobre o clima, diz estudo

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