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Por Instituto Escolhas

29 dezembro 2016

3 min de leitura

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Instituto Escolhas tem três lançamentos de estudos previstos para 2017

Serão abordados temas de energia, cidades e desmatamento

O Instituto Escolhas encerra o ano de 2016 já projetando suas atividades para 2017. A previsão é de que ao menos três estudos sejam lançados, de acordo com a diretora científica do Instituto, Lígia Vasconcellos.

No primeiro trimestre, o Escolhas começará a divulgar o estudo sobre os impactos econômicos de uma matriz de energia com emissão zero de carbono. “Criamos dois cenários de crescimento até 2050, e veremos qual os impactos (positivos e negativos), em termos de PIB, emprego e outras variáveis socioeconômicas, de se optar por uma trajetória de zerar a emissão da matriz até 2050”, explica Vasconcellos. A ideia é que, a partir destas respostas, seja possível ajudar na decisão política de se trabalhar por uma matriz limpa, seja apontando quem são os principais perdedores e ganhadores entre os setores econômicos, indicando onde estarão os desafios políticos e econômicos, seja mostrando que o custo não é tão grande, indicando que é uma questão muito mais de decisão política.

Ainda no primeiro semestre de 2017, o Escolhas lançará o estudo Quanto Custa Morar Longe?, cujo objetivo é apresentar um cenário com as questões das cidades. O programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), dada sua dimensão, será usado como exemplo para explorarmos tanto o investimento direto de construção dos assentamentos, como os indiretos, de infraestrutura. Além disso, para o caso de São Paulo, será estimada uma relação entre distância do centro e preços dos imóveis, que permitirá inferir o custo da terra do MCMV. É comum a terra ser doada pelo município, e, portanto, este valor não é conhecido. “Do lado das famílias, investigaremos o custo de morar longe em termos de mobilidade, educação e estar sujeito a criminalidade. Com este olhar complementar, incluindo custos que em geral não são medidos, teremos o real valor do custo de se morar longe, permitindo uma discussão mais informada sobre novas políticas habitacionais”, afirma Vasconcellos.

Vasconcellos conta que, no segundo semestre de 2017, o Escolhas lançará o estudo sobre desmatamento zero. Seguindo a lógica do estudo da matriz elétrica limpa, o interesse é calcular o impacto em termos econômicos, sociais e ambientais para alcançar uma trajetória de desmatamento zero até 2050, avaliando as várias políticas possíveis do desmatamento e comparando, em termos de restrição de área potencial, a agropecuária e suas consequências para a economia em geral.

Além dos estudos, a ideia é que, em 2017, o Instituto possa contribuir com dados e objetivos para os debates atuais nos temas de meio ambiente, investindo, também nos cursos da Cátedra Economia e Meio Ambiente – por meio do primeiro edital de bolsas para alunos de mestrado e doutorado em economia. A Cátedra, lançada em novembro deste ano, contará com grandes especialistas em suas áreas. Bernard Appy já está confirmado e ministrará o curso sobre tributação e os instrumentos disponíveis para uma economia mais limpa. “Esperamos contribuir para o debate de política pública, expondo custos e benefícios de cada escolha”, afirma Vasconcellos.

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