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Por Instituto Escolhas

19 novembro 2020

4 min de leitura

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É seguro ter um ar-condicionado em tempos de pandemia?

Análise discute a possibilidade de ter o conforto do equipamento sem abrir mão dos cuidados com a saúde e com a conta de luz

Estamos a pouco mais de um mês do verão e as temperaturas cada vez mais altas têm feito com que o ar-condicionado (AC) seja o objeto de desejo de muitas famílias brasileiras. Porém, antes de mandar um “partiu, Black Friday”, espere um minuto. Com a iminente chegada de uma segunda onda de coronavírus no país, além do preço e do impacto na conta de luz (conheça o estudo do Escolhas sobre o assunto), a proteção contra a Covid-19 e outras doenças respiratórias também deve ser um fator decisivo no momento da compra.

O desafio de equilibrar saúde, economia e ainda garantir conforto térmico para a população é o tema do novo TD (Texto para Discussão) do Instituto Escolhas, divulgado hoje, 19 de novembro. ACESSE AQUI

Chamado de  “Há algo de novo no ar: os desafios da climatização no pós-pandemia”, o TD traz a análise de representantes de diversos setores sobre os desafios de ter um ar-condicionado em casa, quando notícias mostram que a presença de pessoas em locais fechados com o uso do aparelho foi um dos principais disseminadores do vírus da Covid-19 nesta nova onda da doença que a Europa enfrenta.

Com uma narrativa leve, baseada em dados, o número 5 dessa série de Textos de Discussão Escolhas apresenta diferentes pontos de vista, como o de especialistas e representantes da indústria. O objetivo é contribuir com o debate sobre um tema tão relevante e que certamente renderá boas discussões a partir desses questionamentos.

Entenda o problema

Lavar as mãos, utilizar álcool em gel, usar máscaras de proteção e ficar em ambientes ventilados são algumas das recomendações contra o coronavírus, que, como se sabe, é transmitido pelo ar. Por isso, o uso do ar-condicionado pode ser um convite para a propagação da doença.

Assim, abrir as janelas em vez de ligar o ar passou a ser uma atitude em prol da saúde e não só de economia ou cuidado com o meio ambiente. Porém, há locais onde não é sequer possível usar ventilação natural, como em alguns edifícios ou em ônibus de passageiros. Nestes casos, o TD destaca que a climatização mecânica continuará sendo necessária, cabendo ao consumidor uma “espécie de ‘Escolha de Sofia’” (em referência a um filme clássico da década de 1980), em que ele deverá escolher entre aguentar o calor sem o ar-condicionado ou se arriscar com o possível aumento do contágio por Covid-19.

Como alternativas intermediárias, o texto levanta a possibilidade do advento de aparelhos mais potentes e com menos chance de contaminação. Outra alternativa seria a possibilidade de usar o ar-condicionado e manter a janela aberta simultaneamente. Mas nos dois casos isso impactaria na eficiência energética dos aparelhos, provocando um desagradável aumento na conta de luz.

Uma coisa, porém, é certa: após ouvir diferentes setores, o TD ressalta que as possíveis soluções virão de uma ação conjunta da sociedade. De acordo com o texto, “parece claro que o tão aclamado ‘novo normal’ terá de contar com a participação de governos, empresas, associações e organizações não-governamentais, além da sociedade. Novas culturas políticas, empresariais e sociais terão de ser criadas, porque, ainda que a vacina contra a Covid-19 esteja a caminho, as experiências passadas recentes com outras pandemias, como a SARS e a MERS, mostram que estaremos cada vez mais à mercê dessas doenças”.

Para o diretor executivo do Instituto Escolhas, Sérgio Leitão, a discussão é importante e urgente, pois tem a ver diretamente com o bem estar da população, impactando no seu bolso, no seu conforto e em sua saúde. “Em tempos de pandemia, o consumidor vai comprar um ar-condicionado que atenda a três critérios: menor consumo de energia, maior conforto ambiental e a garantia de que não está levando para casa uma central de propagação de doenças. Os fabricantes terão de agregar essa nova demanda em seus produtos. Quem não entender isso estará fora do mercado”, finaliza.

Para ler o texto completo e participar de forma mais aprofundada dessa discussão, clique aqui

Confira também o estudo “A economia está no ar: o que o Brasil ganha com ar-condicionado mais eficiente?”

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