A expansão da participação da fonte solar na matriz energética brasileira poderia significar um aumento de R$ 17 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) do país. Isso significa um acréscimo de até 0,45% no PIB nacional e em determinadas regiões, como Nordeste, em até 2,15%. Esses são alguns dos resultados apresentados no sexto Policy Brief da série especial Cátedra Escolhas, do Instituto Ecoscolhas.

Intitulado “Impactos econômicos e regionais dos investimentos em geração de energia elétrica no Brasil”, o estudo é assinado pelo economista Tiago Barbosa Diniz.

Como a expansão da oferta de energia pode ter impactos econômicos diferenciados dependendo das fontes escolhidas, o economista analisou quatro cenários extraídos do Plano Decenal de Expansão de Energia PDE 2026, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), e chegou a resultados para a economia nacional e para todas as regiões do país, com reflexos no nível de emprego e na renda das famílias.

Em um dos cenários analisados, no qual há uma redução no custo da fonte solar com crescimento do PIB em 0,45%, a maior expansão do salário real na região Nordeste aconteceria nos estados de Ceará e Rio Grande do Norte (2,59%) e Pernambuco, Paraíba e Alagoas (2,24%), estados que mais receberam investimentos destas fontes. A elevação no PIB mostra benefícios diretos na geração de emprego e renda.